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Estudo do Meio: como organizar um roteiro pedagógico?

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O Estudo do Meio é um método pedagógico eficaz. Para que tudo saia como o esperado, saiba como organizá-lo 

O Estudo do Meio é uma metodologia de ensino que permite a realização de atividades educativas fora da escola. O “meio”, no caso, é o local escolhido para a imersão, sempre orientada pelos docentes aos discentes.

No geral, o seu intuito é possibilitar que os alunos tenham contato direto com o corpo escolar em determinado espaço geográfico. Dessa forma, a experiência se torna rica tanto para os alunos quanto para os professores.

A observação e o diálogo são de extrema importância para o funcionamento desse método de aprendizagem. Alguns elementos do local escolhido devem ser analisados, como sua história, dificuldades, principais espaços a serem visitados, relação com a vivência dos estudantes, etc.

Muito além de apenas visitar um determinado lugar, o Estudo do Meio propõe que os alunos, sob orientação dos professores, enxerguem o destino com olhos críticos, apontando diferentes nuances sobre sua realidade em relação a fatores do passado, do presente e do futuro. Assim, vale abordar tópicos que englobam a natureza e a sociedade.

Depois da pesquisa de campo, há o compartilhamento dos registros e a divulgação dos resultados. Antes disso, porém, é necessário organizar um roteiro pedagógico do lugar escolhido.

Como criar um roteiro pedagógico destinado ao Estudo do Meio?

O roteiro pedagógico ajuda a simplificar o Estudo do Meio, servindo como base para que a pesquisa de campo seja mais prática, rápida, segura e eficaz. É uma etapa importantíssima de planejamento que direciona os alunos aos tópicos mais relevantes para a coleta de dados e impressões.

Escolha do local

É comum que o local escolhido para o Estudo do Meio seja pelos arredores da instituição de ensino, já que isso permite uma relação mais próxima entre os alunos e a comunidade educacional em que estão inseridos.

No entanto, é possível optar por qualquer destino que possa ser interessante para a experiência dos estudantes e objetivo geral da viagem pedagógica.

Nesses casos, é importante que haja uma discussão aprofundada entre os professores e a coordenação da escola, ponderando quais são os reais benefícios de visitar tal lugar, sempre pensando no peso sobre as disciplinas competentes.

Também é preciso refletir questões mais práticas e burocráticas, como orçamento, equipe de monitores, documentos necessários para os alunos e escola, autorização dos pais e responsáveis, entre outros.

Contexto histórico

O contexto histórico do local a ser visitado deve ser incluído no roteiro para fundamentar os motivos pelos quais tal destino é digno do Estudo do Meio, bem como para orientar os alunos e professores sobre quais problemáticas e destaques devem ser analisadas mais de perto durante a visitação.

Acontecimentos do passado são grandes guias para que seja possível compreender as configurações atuais de um determinado espaço geográfico, já que ditam a cultura, a política, os costumes gerais, a relação com seus habitantes e com a natureza.

Localização

Destinos para um Estudo do Meio

Assim como em qualquer roteiro de viagem, também é preciso deixar claro qual é a localização do destino escolhido no Turismo Pedagógico.

Sem muita complexidade, é interessante anexar o mapa do local e/ou da região onde está inserido, dando destaque aos principais pontos de visitação, limites com bairros/cidades/estados vizinhos, coordenadas geográficas, entre outros.

Isso é necessário porque, além de ser uma mera orientação, pode ser muito útil para as percepções e reflexões feitas nas pesquisas, visto que a esfera geográfica tem grande influência sobre o comportamento da natureza e das pessoas.

Pontos de visitação

Não basta apenas escolher um bairro ou cidade e deixar com que os alunos andem livremente em busca de objetos de estudo. Assim como em um roteiro de viagem para lazer, em que os principais pontos turísticos são listados para visitação, o roteiro pedagógico deve seguir a mesma lógica.

É preciso catalogar os locais com maior relevância em relação ao ponto de vista educacional. É interessante pensar no que traz identidade a determinado lugar, ou seja, o que contribui para a construção histórica, política e social de certa comunidade.

Vale considerar:

  • Monumentos históricos (igrejas, cemitérios, construções antigas…); 
  • Museus;
  • Endereços importantes;
  • Comércios;
  • Paisagens naturais.

Para cada ponto de visitação, é recomendado destrinchar sua história, por que é significativo para os estudos, curiosidades, detalhes relevantes, localização, site/telefone de contato (se houver), materiais de referência, fotos e especialistas no assunto (se houver).

Cronograma

Dentro do tempo de viagem acordado com a escola, alunos e pais, é preciso fazer um cronograma, com datas e horários planejados, para que os locais determinados no roteiro sejam visitados.

Nesse sentido, é fundamental pensar no tempo hábil em que os estudantes terão para explorar e coletar as informações necessárias dentro do processo de pesquisa.

O cronograma também deve considerar tempos de refeições e pausas, além de estabelecer horários para que os alunos voltem ao alojamento, visando seu descanso e integridade física.

Hospedagem

Caso o Estudo do Meio seja feito em um local afastado da escola ou casa dos alunos, é preciso encontrar um hotel ou pousada.

Assim que a opção de hospedagem é aprovada pelo corpo docente e pelos pais, indica-se inserir no roteiro as informações do estabelecimento, incluindo nome, endereço, números para contato e serviços disponíveis.

Isso garante que tudo esteja devidamente registrado por questões de clareza e segurança de todos.

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